O Partido dos Trabalhadores acionou o Tribunal Superior Eleitoral mais uma vez contra Jair Bolsonaro(PL) em razão de “motociata”, comício e pedido de voto praticados na sexta-feira santa (15), que saiu de São Paulo e teve como ponto final o recinto da Festa do Peão de Americana, no ato chamado de “Acelera para Cristo”.
De acordo com os advogados Eugênio Aragão e Cristiano Zanin, responsáveis pela representação do PT, “o envolvimento de Jair Bolsonaro foi ativo e proativo, desde o início: 1) convocou publicamente o evento; 2) conduziu sua motocicleta durante todo o percurso, incitando seus apoiadores com gestos típicos de suas campanhas; 3) desfilou em carro aberto e; 4) subiu em carro som, realizou comício, pedindo votos, explicita e implicitamente”.
O PT sustenta na peça que “deve-se afastar, a partir dos fatos narrados, qualquer tentativa de caracterizar os eventos como decorrentes do exercício do cargo de Presidente da República, ou o de considerar o Representado mero beneficiário dos atos”.
Os advogados também ressaltaram a utilização de hashtags ligada à eleição deste ano. “Corroboram a natureza de pré-campanha da “motociata” as publicações feitas no Facebook por Jair Bolsonaro e seu filho, Senador Flávio Bolsonaro, garantindo a presença do candidato , sempre retratado em meio à multidão e associado à hashtag #bolsonaro2022”, diz a peça.
A representação contra Bolsonaro também argumenta que o suposto ato de campanha antecipada usou dinheiro público para sua realização. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o gasto com o reforço do policiamento por causa da manifestação foi de aproximadamente R$ 1 milhão.
O partido pede que a Corte condene o presidente e o pastor Jackson Vilar, organizador do evento, ao pagamento de multa.
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