Geral

General Amaro assume comando do GSI em reunião fechada com Lula

0
marcos amaro
Foto: Ricardo Stuckert/PR
------ CONTINUA APÓS PUBLICIDADE ------ 
FAM 2023

O general Marcos Antônio Amaro dos Santos assumiu nesta quinta-feira, 4, o cargo de ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) com a responsabilidade reestruturar a pasta, que passou por devassa no último mês sob suspeita de que servidores bolsonaristas tenham vazado o vídeo que causou a queda do primeiro ministro do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o general Gonçalves Dias. O então chefe do GSI apareceu em imagens do circuito interno do Planalto indicando a saída para golpistas que invadiram e depredaram o prédio no dia 8 de janeiro.

Amaro tomou posse em reunião fechada com Lula no Palácio do Planalto. Como antecipou o Estadão, a escolha do general foi feita no dia 27 de abril. O militar ocupou a Casa Militar durante o segundo mandato da ex-presidente Dilma Rousseff e chegou a ser descrito nos bastidores como “sombra” da mandatária, função essa desempenhada por Gonçalves Dias nos dois primeiros mandatos de Lula.

O general Amaro chega ao GSI após o período de interinidade do secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, na condição de ministro. Cappelli, que foi interventor da segurança pública do Distrito Federal, é de uma ala do governo que defendia a extinção da pasta.

Em sua curta passagem pelo GSI, Cappelli determinou a exoneração de mais 58 servidores do gabinete. Ao todo, 87 funcionários do GSI foram dispensados após os atos de 8 de janeiro em um movimento que ficou conhecido no Planalto como “desbolsonarização” do governo. O temor de infiltrados na pasta foi agravado após um major subordinado ao ex-ministro Gonçalves Dias ter sido flagrado distribuindo água aos golpistas que invadiram o Planalto no início do ano.

Lula, no entanto, resistiu às pressões que vinham de pessoas próximas, como a primeira-dama Rosângela da Silva, e decidiu manter o GSI na estrutura do Planalto. A avaliação de aliados do presidente é de que a pasta foi desconfigurada e tomada por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a gestão de quatro anos do ex-ministro-general Augusto Heleno.

Uma ala do governo defendia que um civil assumisse o gabinete por suspeita dos militares. Esse grupo acabou vencido pelos ministros da Defesa, José Múcio Monteiro, e da Casa Civil, Rui Costa, que convenceram Lula da necessidade de o GSI ser comandado por um militar porque as Forças Armadas estão “pacificadas”. Foi com esses argumentos em mente que Lula levou Amaro para um almoço com o Alto Comando do Exército na quarta-feira, 3.

A escolha de Amaro por Lula também tinha o objetivo de evitar novos atritos com as Forças Armadas após sucessivas crises na esteira do 8 de janeiro. O GSI foi historicamente chefiado por militares e sempre funcionou como mais um ponto de contato entre o governo e a caserna.

Apesar do respaldo dos militares e de homens fortes do governo, Amaro assume o GSI com funções esvaziadas. Em março, Lula tirou a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) do guarda-chuva do gabinete e a transferiu para a Casa Civil. O presidente também delegou à Polícia Federal (PF) a função de fazer a sua segurança pessoal em vez de contar com os militares do GSI por não confiar nas pessoas lá lotadas.




Tesouro Nacional atesta capacidade de pagamento da Prefeitura de Americana

Notícia Anterior

Na Série C, Ypiranga surpreende e vence o América-RN em Natal

Próxima Notícia

Aproveite e leia também

Comentários

Não é permitido comentar nesta notícia.

Mais em Geral