Luiz Antônio Crivelari, que é presidente do diretório municipal do PSL (Partido Social Liberal) de Americana, está usando um gabinete do PSDB na Câmara Municipal para encontros e reuniões do seu partido em horário de expediente da casa. Crivelari além de encabeçar a sigla na cidade, é assessor de gabinete do vereador Marschelo Meche(PSDB), que nos últimos meses tem demonstrado uma afinidade com a sigla dos militares.
Fotos da reunião foram compartilhadas nesta segunda-feira(25), por uma filiada do PSL, que fez check-in na Câmara Municipal de Americana e na legenda explicou o motivo do encontro usando hashtags ligadas ao PSL Mulher.
“Estive nesta tarde conversando com o meu querido amigo e presidente do PSL – Americana Luiz Antonio Crivelari, para discutirmos ações de assistência e inclusão social aos menos favorecidos de Americana e região”, disse Silvia Cruz, em um post com fotos ao lado de Crivelari dentro do gabinete do PSDB na Câmara.
Na semana passada, Meche foi até a sede do Diretório Estadual do PSL, participar de um encontro com o senador Major Olímpio(PSL). Crivelari que já comandou o Partido da República e até coordenou a expulsão do ex-vereador Paulo Chocolate, está contratado em um cargo de comissão da Câmara com salário bruto de R$ 4.441,23.
O vice-prefeito da cidade, Roger Willians, que é presidente executiva municipal do PSDB disse que tem conhecimento das intenções do vereador Meche em migrar para o PSL. “Se ele fizer essa migração dentro da janela(partidária), que é autorizada por lei, nós do partido e nem os suplentes podemos tomar nenhum tipo de atitude”, disse Willians.
“A gente sempre quis contar com ele, o partido sempre esteve de portas abertas para o Marschelo, desde que ele se filiou até a sua campanha e depois do decorrer do seu mandato”, afirmou o presidente.
Em nota encaminhada ao Portal, Crivelari disse que a reunião com Silvia foi para tratar de programas de assistência humanitária que eles prestam para médicos cubanos juntamente com um órgão da cidade e que “nenhum cidadão deixou de ser atendido no gabinete em virtude da situação politico partidária, o que seria discriminação”. Sobre a visita ao Senador, Luiz disse que foi uma reunião republicana, assim como é feito com qualquer membro de outro partido.
Procurado na noite desta segunda-feira, Meche não retornou as mensagens do Portal de Americana.
ERRATA: O termo chefe de gabinete foi corrigido para assessor de gabinete.
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