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Americana registra caso de raiva em gato do Parque das Nações

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Imagem ilustrativa / Divulgação
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O CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de Americana informou que recebeu um resultado positivo de Raiva Animal em um gato, cuja proprietária reside no bairro Parque das Nações. O laudo foi emitido pelo Instituto Pasteur, de São Paulo, no dia 11 de fevereiro. De acordo com o setor, apesar de domiciliado, o gato tinha acesso livre às ruas. Recentemente ele estava internado em uma clínica veterinária de Santa Bárbara d’Oeste, mas foi a óbito com sintomas neurológicos. Pelo fato de o animal ter histórico de agressões, o CCZ de Santa Bárbara d’Oeste realizou a coleta de material para análise.

No mesmo dia da confirmação do caso, a Vigilância Epidemiológica do município vizinho identificou as pessoas que tiveram contato significativo com o animal, sendo dois funcionários da clínica veterinária e a proprietária, que iniciaram a profilaxia, recebendo o soro antirrábico e as vacinas, conforme os protocolos epidemiológicos vigentes.


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Seguindo as orientações da Secretaria Estadual da Saúde, o CCZ vai iniciar na próxima semana, uma ação de bloqueio na região do Parque Nações. Agentes da Unidade de Vigilância em Saúde (Uvisa) irão visitar os imóveis para verificar a situação vacinal dos animais, orientar sobre procedimentos a serem adotados quando houver contato com morcegos, bem como vacinar todos os cães e gatos daquela região. Durante a ação serão vacinados os cães e gatos que tenham mais de três meses de idade e que estejam saudáveis. A previsão é de que sejam visitados aproximadamente 1.800 imóveis.

A Raiva é uma doença transmitida ao ser humano pela saliva e por secreções de animais infectados, principalmente por mordeduras, arranhaduras e lambeduras. A doença se apresenta como uma infecção do cérebro e causa óbito em quase 100% dos casos. A médica veterinária e responsável técnica do CCZ, Aneli Marques Neves Conceição, explicou que no estado de São Paulo os casos de Raiva em cães e gatos estão associados a contatos com morcegos. “A maioria dos casos está relacionada aos morcegos contaminados. A contaminação ocorre por meio da caça a este animal ou mesmo quando eles [cães e gatos] encontram o morcego caído no chão e o contato acaba sendo inevitável”, esclareceu.

O último caso de Raiva felina em Americana ocorreu em 1.996, na região do Iate Clube de Campinas, porém, nas ações de monitoramento desenvolvidas pelo CCZ, a circulação do vírus rábico foi detectada apenas na população de morcegos, sendo nos seguintes bairros:
Vila Bertini (30 de maio de 2003)

Antônio Zanaga (19 de abril de 2018)

Jardim Nossa Senhora do Carmo (4 de julho de 2018)

Balneário Riviera (16 de março de 2020)

Parque das Nações (26 de outubro de 2020)

Jardim Brasília (19 de agosto de 2021)

Em todos esses locais foram desenvolvidas as ações preconizadas ou indicadas conforme o Programa da Raiva do estado de São Paulo.

A médica veterinária adverte que os proprietários de cães e gatos devem manter a vacinação dos animais em dia, para evitar a disseminação do vírus. “Todo cão e gato acima de três meses precisa receber uma dose da vacina antirrábica anualmente, independente da ocorrência de campanha ou não”, alertou.

Ela explicou que as campanhas de vacinação antirrábica não são mais realizadas no estado de São Paulo, mas que no CCZ funciona um posto fixo de vacinação durante o ano todo, bastando o proprietário do animal ligar e fazer o agendamento.

Já em relação aos morcegos, estes possuem um papel importante na natureza e são animais silvestres protegidos por lei. Porém, eles têm um elo importante no ciclo de transmissão da Raiva urbana, por isso a população deve estar atenta. “Sempre que alguém encontrar um morcego caído, morto, pendurado em algum local ou mesmo voando durante o dia, deve acionar o CCZ para ser recolhido e enviado para análise, porém nunca se deve tocar com as mãos esses animais”, orientou Aneli.

A médica veterinária destacou ainda que os cães e gatos que tenham contato com o morcego precisam receber doses de reforço da vacina antirrábica, além de permanecerem em observação, por isso, sempre que um cão ou gato entrar em contato com morcego, o CCZ deve ser procurado para orientação e cuidados com esse animal. Os telefones do setor são o 3467-1187 e 3467-2344.




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