Viadutos de Americana nunca receberam laudo de vistoria preventiva

A interdição de um viaduto em Americana sobre a Rodovia Anhanguera, na terça-feira(9), ascende um alerta sobre a qualidade das construções, que em alguns casos já possuem quase 50 anos. Os viadutos de Americana nunca receberam nenhuma vistoria preventiva para evitar desgastes estruturais e possíveis acidentes.

Em novembro de 2018, um viaduto da Marginal Pinheiros, na capital paulista cedeu e ficou interditado. Se houvesse uma avaliação periódica, laudos poderiam ter indicado o problema.

O viaduto Amadeu Elias, próximo a Gama, é a construção do tipo mais antiga da cidade. A estrutura do local já foi afetada por impactos inúmeras vezes. A última em abril de 2018, quando um caminhão de concreto ficou ‘preso’ em baixo da construção após bater em uma das vigas. Na época a prefeitura informou que a viga sustentava apenas a passagem de pedestres e que isso não afetaria o tráfego de veículos.

Já o Ministro Ralph Biasi, conhecido como Viaduto Centenário, importante via de ligação dos bairros ao centro da cidade foi inaugurado na década de 70 e no ano passado passou a ter três faixas. O asfalto do local possui diversas imperfeições e o escoamento de água não funciona como deveria.

De acordo com a Prefeitura de Americana, nenhuma das construções apresentam riscos para os passantes. “Há avaliação periódica dos profissionais da prefeitura sobre o estado e a segurança dos nosso viadutos”, disse a assessoria.

A administração deve contratar, ainda este ano, uma empresa para avaliar as condições técnicas e estruturais dos viadutos da cidade. A empresa contratada deverá apresentar um laudo sobre as necessidades específicas de cada estrutura da cidade. Atualmente avaliação é feita por técnicos da cidade que não possuem equipamentos de ponta para a análise.

Rodovia Anhanguera
A CCR AutoBAn interditou no dia 9 de abril, de forma preventiva, do viaduto do km 125 da Via Anhanguera (SP-330), em Americana. A medida de manutenção emergencial é necessária em função de um desnível identificado pelas equipes da Concessionária na cabeceira do lado sul – pista sentido Capital.

As causas do desnível ainda não foram divulgadas, bem como a data de liberação da estrutura.