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Estudantes protestam contra falas homofóbicas de professor da ETEC Polivalente

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Foto: Will Moreira
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Alunos da Escola Técnica Estadual (Etec) de Americana protestaram no início da tarde desta sexta-feira (11) após um caso de homofobia envolvendo um professor da unidade de ensino. Durante uma aula de matemática, Roberto Torezan fez um discurso contra o casamento gay e associou a ‘barriga de aluguel’ à prostituição.

O protesto foi iniciado às 12h30, com a saída dos alunos do turno da manhã e a chegada dos alunos da tarde. Giovanne Marin Almeida, de 17 anos, que representou os alunos no ato, disse que espera que o professor seja demitido.


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Durante o ato, com cartazes contra a homofobia, os alunos pediram o afastamento do docente e cobraram uma punição. Cerca de 200 alunos participaram.

No áudio, que foi divulgado anonimamente por um dos alunos nesta quinta-feira(10), Roberto questiona o casamento entre pessoas do mesmo sexo. “Vocês sabem que eu sempre fui contra essas coisas e já estou aceitando, por exemplo, dois homens morarem juntos, duas mulheres morarem juntas, não tem problema. Agora, falar que vai no cartório, falar que vai se casar?”, disse o professor.

Em outro trecho, após questionar como dois homens terão filhos e ser rebatido pelos alunos que disseram que seria através de adoção ou barriga de aluguel, o professor associou a prática à prostituição.

A presidente da Comissão de Direito da Diversidade Sexual e de Gênero da OAB de Americana, Maria Helena Pereira Galhani, acompanhou o protesto juntamente com outros membros, que se colocaram a disposição para auxiliar os alunos. A comissão deve oficiar a diretoria da unidade ainda nesta sexta-feira.

Em nota, a assessoria de comunicação do Centro Paula Souza (CPS) informou que a direção da Etec Polivalente de Americana abriu imediatamente procedimento administrativo disciplinar, ao tomar conhecimento do caso. A apuração dos fatos poderá acarretar suspensão ou demissão.

Foto: Will Moreira

“O Centro Paula Souza não compactua com nenhuma forma de desrespeito e assédio. Seguindo normas regimentais, orienta diretores a abrir apuração preliminar para averiguar eventuais denúncias de estudantes. As equipes de supervisão pedagógica e orientação educacional da instituição têm atuado para mediar o diálogo entre professores e alunos”, trouxe a nota enviada pela assessoria.

O Portal não conseguiu localizar o professor para comentar o caso. O espaço segue aberto para posicionamento.

Confira o aúdio abaixo:

 

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