Um levantamento divulgado nesta segunda-feira(7), pela ONG Repórter Brasil, com base nos dados da SISAGUA (Sistema de Informação e Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano) constatou a presença de substância cancerígenas na água de Americana de 2018 a 2020. No período, Omar Najar(MDB) era o prefeito da cidade.
Segundo os dados, há presença da substância rádio-228 acima do limite considerado de segurança. A rádio-228 é classificada como cancerígena para o ser humano pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), órgão da Organização Mundial da Saúde.
Além da substância radioativa, os dados demonstram a presença de agrotóxicos dentro do considerado ‘limite de segurança’. Dentro do período de avaliação foi constada a presença de agrotóxicos como o DDT + DDD + DDE que, de acordo com a ONG, seu uso é proibido tanto no Brasil quanto na União Europeia e é avaliado como altamente perigoso pela Pesticide Action Network (órgão que reúne centenas de ONGs de cerca de 60 países).
Procurado pelo Portal de Americana, o DAE (Departamento de Água e Esgoto de Americana) informou que tomou conhecimento da divulgação destes estudos nesta segunda-feira. “A autarquia realiza periodicamente testes, que apontam que a água de Americana está dentro dos parâmetros legais”, disse o DAE em nota.
Em material divulgado no final do ano passado, o departamento informou que são realizadas aproximadamente 17 mil análises mensais, que contemplam mais de 22 parâmetros (físico-químicos e bacteriológicos), dentre eles pH, cor, turbidez e residual de cloro.
“O DAE ainda não teve acesso aos detalhes deste estudo divulgado, mas está buscando se inteirar para verificar quais são os reais apontamentos”, finalizou a autarquia.
O levantamento completo pode ser acessado aqui.
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