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Cardeal de Aparecida foi avisado sobre as denúncias contra Leandro e Vilson

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Foto: Reprodução/Facebook
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As denúncias contra o Padre Pedro Leandro Ricardo, ex-reitor da Basílica de Americana e o Bispo de Limeira dom Vilson Dias de Oliveira que vieram a tona no início de 2019 já se arrastavam desde pelo menos 4 anos. O Cardeal Arcebispo de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno Assis teria sido avisado através de uma carta de 55 páginas sobre os escândalos da Igreja Católica no interior de São Paulo.

Dom Raymundo recebeu no dia 27 de maio de 2016 o título de cidadão americanense, em uma sessão solene realizada pela câmara municipal no salão paroquial da basílica. Foi neste dia que ele teria sido alertado sobre os absurdos supostamente cometidos pela dupla.

José Eduardo Angelini Milani, autor do dossiê de deu início as investigações, teria entregado uma cópia das denúncias feitas por fiéis ao Cardeal dentro de uma embalagem de presente, para disfarçar o documento. Ele falou com exclusividade ao Portal de Americana. “Eu fiz um embrulho de presente pois sabia que muita gente iria dar presente para ele na ocasião. Eu fui lá [na sessão] e no final eu entreguei. Ele já estava indo embora, entrando no carro. Eu entreguei na mão dele e falei que era um presente”, conta Milani.

Diversas fotos mostram a proximidade de Dom Raymundo com Leandro | Foto: Reprodução/Facebook

Mesmo após ter entregue na mão do religioso, José Eduardo ligou para confirmar que ele tinha levado o embrulho. “Depois disso eu liguei lá em Aparecida, até consegui falar com a secretária direta dele. Falei pra ela que ele tinha que abir o embrulho de tal cor”, explica. De acordo com ele, a secretária teria conferido os presentes e confirmado que ele estava lá. Nada foi feito pelo religioso.

“Eu sabia que ele não iria fazer nada, eu sabia que ele era amigo do Leandro e do Vilson, mas mesmo assim entreguei. E obviamente não fez nada, absolutamente nada”, relata José Eduardo.

Hoje atual arcebispo emérito de Aparecida, Dom Raymundo foi responsável pela elevação do então Santuário de Santo Antônio de Pádua para Basílica Menor. Esse é mais alto posto que uma Igreja pode alcançar.

Entrega do título contou com a presença de religiosos e políticos | Foto: Reprodução/Facebook

O outro lado
O Portal de Americana tentou contato na manhã desta terça-feira(16), com o Santuário Nacional de Aparecida. A sala de imprensa da igreja informou um telefone que seria da secretaria.

A secretária que atendeu informou que Damasceno está morando em Brasília. Perguntado seu nome, ela desconversou dizendo o nome da irmã que seria a atual secretária. O Portal questionou se ela saberia quem era a secretária que atuou com ele em 2016 e prontamente ela respondeu “era eu a secretária dele”.

Após ser questionada sobre a história do embrulho ela disse não se lembrar. “Realmente eu não sei, não me lembro disso. Daí eu não sei te dizer, não tenho informação sobre isso não”, finalizou.

O Portal tentou contato no número informado que seria da residência do religioso em Brasília, mas as ligações não foram atendidas.




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